domingo, fevereiro 18, 2007

A guerra das pessoas



Sandi Thom
I wish I was a punk rocker...

Nunca apreciei filmes de guerra. A violência perturba-me. Dizem que a violência justificada pela guerra não é gratuita... para mim nunca deixa de o ser! Mas, sempre que um filme é tão apreciado e acarinhado pela crítica, não resisto a espreitar. Assim sendo, ontem lá me decidi a ir ver As cartas de Iwo Jima. Rendi-me ao filme, absorvi cena a cena quase sem dar por isso. No final ficou aquele amargo de boca de quem tantas vezes, ao longo do filme, esperou que a guerra não se justificasse a si mesma. As personagens transformam o "it" da guerra no "them" de quem a faz. Desde o "soldado"/padeiro (Saigo) , que passa de medroso e incrédulo a valente e crente, lutando pela honra, não do seu País, mas pela honra do seu Herói - o General Tadamichi Kuribayashi. O próprio General que outrora fora tão bem acolhido na América e que transporta consigo tão boas recordações do País contra o qual tem agora que combater. Ou o soldado que foi expulso da polícia militar e enviado para a ilha como castigo por desobedecer à ordem de um superior e não matar um cão à fente de uma familia, só porque este insistia em "ladrar". Não é também de estranhar que o soldado Americano prisioneiro se chame Sam. Que a carta da mãe, traduzida e lida por Baron Nishi, após a morte deste soldado, comova os soldados Japoneses.. O filme ultrapassa o conceito de bem ou mal universal ... trata no fundo do que é fazer o bem( correcto ) ou o mal ( incorrecto ) para cada ser humano. Não é isso que nos distingue? Porque o que todos (os soldados) queriam era apenas regressar para casa...

P.S. A música parece-me apropriada...

Um comentário:

Miguel disse...

love, peace, and rock&roll

a triologia perfeita.

[aqui ainda não chegou o filme
:( ]