terça-feira, abril 17, 2007

O não sei.

O que eu não sei,
sei apenas de coração.
Sei, jogando peito aberto
ou a palma da minha mão.

O que não vejo,
entre um e outro piscar.
Vejo com outros olhos.
Imagino, sem ver, o sonhar.

O que não oiço,
perde-se no tempo a soar.
Ecos de uma voz silenciosa.
Palavras de um murmurar.

O que não cheiro,
suspende e prende o respirar.
Quente, como um arrepiante bafo.
Fresco, como um ofegante mar.

Conhecer que desconheço,
deixa-me louca a pensar.
No que não sinto, vejo e oiço.
E em tudo quero TOCAR
!

Nenhum comentário: