segunda-feira, março 17, 2008

Dos outros!

O decantador não era nosso. Chegou cá a casa por meio de amigos que apreciam partilhar um bom néctar. O nosso também esperava por eles. Provaram-se os vinhos. Momentos de conversa, risadas. Beberam-se os vinhos. Jantou-se.
Já cá não estavam quando se partiu o decantador. Podia bem ter sido o nosso! Mas não, o nosso estava ali, intacto, a brilhar no meio dos cacos brilhantes na bancada da cozinha.
Sonhei com o decantador. Acordei a pensar no decantador. Fui à cozinha e ali estava ele, completamente desintegrado. Só pensava que podia ter sido uma prenda de alguém querido, sei lá! Esse tipo de coisas que nunca se recuperam porque tornam-se únicas. Passei o dia a pensar nisso. Em casa, toca a campainha. Já confessei o acidente. E apesar do “Deixa lá isso, era o que mais faltava!”, continuo assim: cismada!

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