Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: Quero é uma verdade inventada.
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
3 comentários:
Ai a minha Clarice... O meu sonho, quando for grande, é ser Clarice! Sabias? Não, não costumo dizer...
Também gosto da Mafaldinha, dessa música então!..., mas a Clarice ofusca tudo. Está-lhe na natureza do sangue. É assim. :))))))))))
Jinhos.
grande texto!!
já a mafalda soa-me um bocadinho àquele david que tu sabes, cemremos...
Adorei o texto! Não conhecia... mas concordo plenamente, a vida tem que ser vivida...
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