A noite vem, às vezes tão perdida.
E quase nada parece bater certo.
Há qualquer coisa em nós, inquieta e ferida...
E tudo que era fundo, fica perto.
Nem sempre o chão da alma é seguro...
Nem sempre o tempo cura qualquer dor...
E o sabor a fim do mar, que vem do escuro,
é tantas vezes o que resta do calor.
Se eu fosse a tua pele,
se tu fosses o meu caminho.
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho...
Trocamos as palavras mais escondidas.
E só a noite arranca sem doer.
Seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer.
Fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto.
Olhar onde a distância nunca acalma,
esperando o que vier de peito aberto
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Entre as linhas que escrevo e as linhas que apago, escondem-se fios que tecem o manto que trago.
quinta-feira, junho 11, 2009
Cúmplices
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