Qual a relevância da existência (ou não) de portugueses a bordo do voo AF447? Será a tragédia menor dessa forma, pelo menos para nós? Trará alguma espécie de conforto? Confesso: não foi a primeira coisa que pensei quando ouvi a notícia. Pensei no sofrimento de todas aquelas pessoas, na angústia dos seus familiares e amigos, independentemente da sua nacionalidade. E lembrei-me de uma aluna que, perante a tarefa de escrever a página do seu diário no dia 11 de Setembro de 2001, ficou completamente à toa porque, segundo ela, aquilo aconteceu lá tão longe. Não seria assim algo digno de ser registado em diário. Havia coisas mais importantes do seu pequeno mundo a acontecer naquele dia. Talvez se tivesse sido à porta da sua casa...
3 comentários:
Como sempre, sensibilidade à flor da pele, como sempre, coberta de razão.
O espectáculo de ainda-bem-que-foi lá longe-ainda-bem-que-não-foi-connosco que os media fazem à volta de uma tragédia humana que é definitivamente connosco precisamente por ser humana, tem esses efeitos precisamente. É triste.
Os americanos têm aquela teoria dos 'six degrees' em que acreditam piamente - a tal que deu nome à série :D - e que em Português é a dos Seis Graus de Separação em que devo ser das poucas pessoas a acreditar. Esta manhã a minha irmã dizia-me que numa das orquestras deste nosso país, em que ela colabora, andava tudo maluco por causa de um concerto importantíssimo que tinham agendado para daqui a um mês cujo maestro convidado estava precisamente nesse voo.
O mundo não é a soma das nossas quatro paredes e tecto. Mesmo.
Jinhos, linda.
P:S: Está sol, fiquei com saudades-. :))))))))))))))
Jinhos.
Excelente comentário, ou não fosse teu!
Está sol, desce! Vamos dar um passeio à beira-mar ;)
Eu fiquei com um aperto no coração, a pensar naquela pobre gente...confesso que a primeira coisa q pensei foi se iria no avião alguém q eu conhecesse...coitados :((((((((
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