Vagueia pela floresta
olhos postos no chão.
Veste um manto de lua.
Vai pisando o coração.
Rasgam o manto os galhos
que esperam só para ver
pedaços de lua à solta...
cansados de tanto sofrer.
Mas rasgados, os pedaços
desfazem-se longe do corpo
da menina, que agora nua,
jaz deitada. É corpo morto!
Ainda é escuro na floresta.
A menina acordada, tremeu!
Descobriu que o manto era a lua,
reflectida no corpo que é seu.
3 comentários:
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(tu já sabes a minha dificuldade nisto, cemremos...)
Oh pá! Não se faz, não se faz, pronto!
Estás cada vez melhor! Dos mais poemas singelamente mais bonitos que já li - eu que abomino Lua, luas e afins - e David Fonseca!?
Só te digo: F-e-n-o-m-e-n-a-l! ;)
Jinhos.
Pois... deixas uma pessoa sem palavras...
Gostei muito :)
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