A tua pequena dor
quase nem sequer te dói.
É só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói.
É uma dor pequenina
quase como se não fosse.
É como uma tangerina,
tem um sumo agridoce.
De onde vem essa dor,
se a causa não se vê?
Se não é por desamor,
então é uma dor de quê?
Não exponhas essa dor.
É preciosa, é só tua.
Não a mostres, tem pudor.
É o lado oculto da lua.
Não é vicío nem costume,
deve ser inquietação.
Não há nada que a arrume
dentro do teu coração.
Talvez seja a dor de ser.
Só a sente quem a tem...
Ou será a dor de ver
a dor de mais além?
Certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito.
Não a mates, guarda-a bem
guardada no fundo do peito.
Uma dor familiar. Uma dor desconhecida. Sabemos que cá está, sem saber porquê. Sentimo-la tocar no fundo de nós, a sós.Uma dor que nos move.Que nos prende. Que espera. Que cobra.
Que nos sente e é sentida. SABEM?
7 comentários:
Bonito post, caramba!
Bom post. adoro esta musica.
Muito bonito mesmo *
Esqueci-me de dizer que sim. Que sei... *
Sei. Perfeitamente. Por isso gosto tanto do JG: fala-nos ao coração.
Jinhos.
também gostei muito!!
Ena, ena! Isto está mesmo diferente!
E tu estás uma filósofa... já te falta pouco para seres a vidente do Sado com tenda junto ao templo de Diana. :D
Qu'é fêtu, moça?
Beijos
Postar um comentário